21/07/2014

Lembra do dia em que precisou de magoa para crescer? 
Que escrevia na dor? 
Lavava os ferimentos com álcool? 
Ela nem soube se amou, se escravizou.
Pernoita lendo Bukowski, amanhece rezando o pai nosso.
Todo dia reclamando nomes. 
Todo dia temendo a morte. 
Anda sozinha por medo da solidão.
Sorri por desespero 
Sorriso amarelo frenético, esquizofrênico,
E já nem sabe quem é, quer tomar as rédias sem saber pra onde ir.